sexta-feira, 11 de abril de 2014

Seu Puliça da Presidente Kennedy


De que me vale ter em minhas mãos o dom do raciocinio
se me privas de falar?
De que mundo vem o seu mundo que me tesce a indagação
de que lado você está?
De que material você é feito para me privar as expressões?
De que barranco você desmorona para
me bater
me perseguir
me vigiar
me caluniar
me humilhar
me xingar
me oprimir?
De que Cracia do Demo tu me impedes de apenas ir e vir?
Trabalhador do aparato,
ordenado
castrado
imutável
alienável
minguado ao barato
Filho da força, trabalhado no Estado
Não sabes pra que bate, não sabes pra que late
Acoleirado seguindo
para um Estado falindo
Sem pespectivas reais
de avanço perene
vindas dos teus olhos
que bravam e desejam sucumbir
os meus sonhos fraternais

(Miguel Coutinho Jr.)

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