quinta-feira, 24 de julho de 2014

Um cheiro vespertino


Pela rua, pela hora, pela relva
já passou o vento com teu perfume
e eu que me atrasei a vida
só por esse pedaço de fim de tarde
pra noite se enrolar em tuas tranças,
pra dança que meu peito vibra,
mas agora grita pela maldade

Punhado de tempo e de descaminho
faz o aroma que me guia, desviar
vai sem avisar, vem sem anoitecer
pra trazer de novo aquele fim de tarde
que multicolore a cidade
e pela passagem de tantos selvagens
invade meu ser, que se arde
de tanta vontade
de tu amanhecer

André Café

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