sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A morte necessária


Tudo se faz mórbido.
Um vazio adentra a minha casa.
Tudo está dando errado.
Uma sequência de conflitos arrebata a minha paz.
Estou em prantos.
A minha alma chora.
Já clamei para todos os santos.
Não tenho mas forças para orar.
Estou entregue nas mãos do universo.
A morte é a única certeza que avisto no infinito horizonte.
Não consigo perdoar-me.
Já não me vejo no espelho.
O desequilíbrio faz festa nas minhas entranhas.
As minhas vísceras estão desnorteadas.
Voando rumo ao infinito, segue a minha paz de espírito.
Uma insegurança devora o meu ser.
Nada faz sentido.
Quero simplesmente deixar o existir.
Partir rumo a novos horizontes.
Conhecer outros mundos, outras galáxias.
Recomeçar uma nova vida.
Usar outras roupas.
Conhecer novas experiências.
Eliminando os erros desta existência, vencendo as minhas limitações.
A morte devora os resquícios de vida que ainda existia em mim.
Sobre um amontoado de livros, o corpo cianótico de um homem.
A morte foi o preço pago pela luta em prol da vida.


Autor: Dhiogo Jose Caetano

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