domingo, 14 de setembro de 2014

Qual tristeza me leva?


Há um quê de mutação nesse sentir
traduz-se de cinza e retrovisor
com um calor de quem está por perto
mirando naquilo que vai distante
dum reflexo roto, num abismo frio

Muda, o caleidoscópio de dor
num afastar dilacerante do eu
para onde for o que não sei,
da tristeza que se dizia antes
durante o cair do silêncio

Transformando-se a cadafalso
eu me guio para direção errônea
o que seria antídoto, é placebo
mirando naquilo que vai distante
alheio profundo, meu medo do mundo

André Café

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