sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A poesia que desperta no final da tempestade


Neste tempos mesmo de calor
nessa nossa cidade de sonhos, fogo e fúria
tangente ao giro de cada dia, nem tão secante, tampouco inverno
tempestades aparecem a fio
para cada filha e filho escolhido por acaso
casos; delitos; desconstruções
a convicção hasteada, no turvo vento e turbulência
respigam forte o medo, o destempero e o receio
centelhas de versos virão

d'alma livre, restou o voo
a sombra que de delicia nas poças de fim de tarde
farão ressurgir, ressignificar o novo ser
não disperso do que já fora, mas tentando nunca não ter e ser
num pedacinho de alvorada

caem tempestades e desamores; somem o tempo,
querem esquecer reminiscências
mas da nossa essência, empatia, afeto e afagos;
o amor é bem mais simples e tenro
do que qualquer sereno cobrindo o liberto
aos olhos do mundo
colírios colibris
provocando o desejo mais profundo
ser livre e existir

André Café

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