quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

De madrugada, a gente é assim, ar, dor VI: o que é mais revolucionário que o amor?


Não, não se dá pra mensurar;
acho que não, talvez o momento não me permita enxergar
e já se vão e são quatro negativas
num mundo em que eu queria ouvir
sim, há rotas de fuga,
sim, há caminhos ainda não pensados
há nossa felicidade que tende ao infinito ...

Num grito injusto, rouco e desmedido
não há amor pra ser medido
quando a vida não é sua.

O mundo gira,
pessoas vão as ruas,
tantas milhares morrendo
e aí você sofrendo sozinho?
Me diz como você pode falar em revolução?

Meu caro amigo,
meus olhos enxergam além dessas veredas
e muito mais do que discursos
mas é assim, por ser sistema ou por ser só sofrer mesmo
o ânimo renasce, dia desses qualquer
e se me fala da chama que pode acender transformações?

Não penso um segundo,
não espero eras de Aquário
o que é mais revolucionário

que
       o
          amor?

André Café



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