sábado, 17 de janeiro de 2015

Passarinho outra alvorada


Pra dias assim que amanhecem sonâmbulos;
o preâmbulo não dá alguma pista se será chuva ou sol
ele inicia assim, com preguiça, pra gente seguir a risca
o princípio do esquecer; mas a gente não esquece

Não é culpa do dia, mas sim da teia que dele fizeram
grudada em mente e coração, pra se seguir a canção do silêncio
nenhum verso num bom dia, boa tarde ou quiçá noite
mas a gente não esquece, uma hora o verso preso atira

Na rajada de sua liberdade, o sono vira cadência
cada palavrada rimada ou não é ciência
todo ato de poemar virá consciência
pra alvorada nascer em malemolência

André Café

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