segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Amo, mas amargo-me


Como diriam versos ao acaso,
de alguma música que fala de amor;
eu queria te dizer o que cantam,
eu queria poder fugir desse silêncio

Um amor assim; como despedida,
pelas poucas crenças que me restam
e que certamente será: 'o que teria sido'
para não alcançar destino frustrante

Não falo de merecimento ou coisa parecida,
não se medem relações, tampouco assim,
as vontades surgem e clamam existência
enquanto o coração se abriga, batendo cada vez mais surdo

Eu penso que a amo: pelos corredores dos lugares que vimos,
em cada brinde, em cada gole, em cada momento de perder o fôlego
mas o corpo precisa do ar de realidade; platonicamente se repete
sou eu ou são todas as cores? Cada dia é 'passo', para que não se viva mais ardores

Amo, mas amargo-me

André Café

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