sábado, 30 de janeiro de 2016

Entre carros, poeira e baratas


Desperto com o sol na cara
Me encara e assim vai ser o dia
Olho pra cima, o sol ria
“Teu dia vai ser aquele dia!”

No vai e vem das borrachas
Em pé e com solavanco
Poeira em meu pranto
Nos meus pés baratas

Pés que me pisam e passam
Mãos que pedem e disfarçam
A estupidez de não se firmar
“Amém irmão”? Vamos doar!

Não!!!

Não tenho sangue de barata!
Mesmo com o “trec” da catraca
Aguento esse mesmo sol vingativo
Atento, calado, calmo e altivo

Esgotos a céu aberto e lixos espalhados
Vejo o dia e a noite, repetimos os passos
Sol, borracha, poeira, amém e catracas
Mas não nos esqueçamos das baratas!

(29 de agosto de 2015)

Hugo Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário