domingo, 21 de fevereiro de 2016

Micro, Macro


Ao longe, ao tédio, madrugada atravessada.
as poesias de amor e dores; o que comer ao amanhecer?
sonhos em rede, de frustrações e desgastes
mundo obsoleto em seus rumos e disparates

Antes que o Sol declame a rotina,
antes que os filetes de luz liguem a programação,
penso, por que não a fuga, o escuro, a interrogação

Como um atenuante egoísta para meus desgastes,
arranhões que não desprezam as feridas do mundo,
também são dele parte, coladas umas as outras
numa pilha anestesiada de vidas rotas

Queria, antes do raiar diário,
atos temerários, entre o medo e a liberdade
desfazendo os sonos, feito rojões na realidade

Olhares acesos,
o mundo desnudo;
por outros caminhos
além do absurdo

André Café

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