domingo, 7 de fevereiro de 2016

Pois terá seu fim


Lacunas;
cada ponto,como uma duna no vento desfeita,
coaduna com o adorno esquecido no salão
já é carnaval e tal, e por um segundo
silêncio ...
ante os tambores de passos e pulos na avenida sem fim
o canto que já era ensaiado, esquece de si; do rouco ao mudo
e assim o samba, de mais centenário que seja,
falta o cantar de realidade.

E cadencia qualquer anúncio,
da fantasia desbotada, chuva e choro, no coro colorido
daquilo que se foi e nem será enredo:
o desde já desejo, de enquadrar o passista
na pista, na lista, da ilusão capitalista

André Café

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