terça-feira, 26 de abril de 2016

Voltar pra quê?


Por um dia, mês, ano a menos, e até mais, breve;
hoje é um daqueles graves,
mínimo, estouro estremecido
onde não se pede lembrança
e ela dança pra cair sobre seus pés erguidos

Olvidada época, deixada de lado
esquecida a ermo, num trato maldado;
então seguiu, e se "alonjou"

De ponta cabeça, o mundo estaciona

Daqueles dias que eu queria uma máquina do tempo;
tempo ardendo, passando lento e me desgastando
mas ora, quem errou foi você meu caro, pague,
aceite e beba o cálice do ardor finito,
dura até o fim do dia, mês, ano ou mais

Era pra ser presente, mas nem será
era pra ser a gente, mas já se foi
era pra voltar o tempo, mas pra depois

De tonta cabeça, o mundo avança

André Café

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