segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Da condição do eu

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O devir é perambulo,
quase se deixa supor;
na verdade é sufoco,
quando se põe em favor.

O reflexo ou o númeno
não sei dizer.
se trafego num mar infinito,
ou se o dito é razão do querer

Passo a peso, ponto fraco
me fortaleço e arrebato;
num alto e baixo som de mim
é meu ser em si que mais maltrato.

André Café


Da vontade humana

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Muito se risca ao vício da humanidade;
sou arte porque existo,
ou no existo, sou arte
qual parte da miúde do ser,
é crescer sem toda vontade?

O que move e lamenta,
respirar é sofrer, acordar é sofrer,
o devir é ideal ou mais sentir?
O que devo subsumir da pequena plenitude
que arde a cada inspiração poética?

Eu, o nosso, moral e ética,
num baile de sutil melodia
arranca a garganta do medo
e se indaga? Em qual pedaço senil,
está a lógica de ser em si, pueril?

Façamos as perguntas, no romper do silêncio;
com, para e além da ciência, do infinito limite
de se sobressair em parametrizar:
nem de longe a realidade é resposta;
representa, o que está na percepção imposta

André Café