domingo, 13 de maio de 2018

Faz tempo que poesia


Não sei quando eu perdi a explosão da vida,
e meu corpo em cada canto e extremo
ou em cada passo de silêncio
sentia, porquanto exauria, a necessidade de ser

E fui, como na centelha sem fim,
mas no fim, num apagar das sombras,
amuei, quase comedido em dizer
que aquilo era eu sendo, deixando de ser

Não sei se são as velhas rotas,
ou tortos caminhos que me despeço
ao tempo, uns amigos vão ao longe
e fazem trajetórias de ciclo,
sou eu, meu âmago e o infinito
circulando na velocidade mil
se estendendo até o reduzido sentido de humano ser

André Café


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