terça-feira, 7 de agosto de 2018

Volta e rente

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No fluxo, no rumo, no entremeio;
na despedida do acaso:
uma caminhada vertiginosa de mesmices;
sigamos, seguimos sequência.
e o lapso insurge, pra que olvidemos o inesquecível.

Ordeira jornada da mesma história,
empurrando o nexo para o fim,
de mim, de nós, das cores que acendemos
e ri triunfante, o domínio que se entregou.

Mas ele não espera, que nada se foi
ao passo marcado, tem piso torto,
tem memória aquecida, tem faro de verso,
tem sombra de rima, poema de esquina

Ela não se fez cinzas; amua na cabeça
e espera, mesmo que por um dia,
a gritaria desvairada solta e altiva,
na boca do mundo que fibrila

Vem e vai, volta e rente,
poesia daqui pra frente,
uma dose de fartura, pra vencer a amargura
intransigente

André Café

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