sexta-feira, 21 de agosto de 2015

09


Ainda que chama pouca, mas existe. E chama, sempre clama, vem você também! Tem risos, cores,
flores e amores. Como amar é resistência poética em tempos tão destemperados. No meio de um incerto nascedouro, 2006 era o ano, e daquele com um sorriso mais acolhedor, se fez, surgiu, desceu para o mundo, se disse menina e abriu os braços para um abraço sem fim em permissão e coletividade.

E a menina cresceu, em uns anos ficou quietinha, tantos outros esbravejou até arder os olhos em poema, que escorriam nos coretos e paredes, ônibus e lugares da cidade. Mais uma vez tá quietinha, escutando um bom som subversivo na rádio, num cochilo, num suspiro, numa eternidade, numa lucidez, num crescer. 09. Se serão mais, se será talvez, de vez acabe, de começar.

09. Na ciranda de ida e volta, sintam-se parte, quem partiu, quem pariu, quem partou, quem permanece, quem aquece. Num grude, mas grude, abusa, pinta, grafita, histeria. A cidade, pelos cotovelos, ecoa na beira do Tucuns um chamamento. Vamos ressignificar? Vamos sentir, sentir-se, além de todos os espaços possíveis. Criança ainda, mais de andança muita; Pulou riachos, cercas e quilômetros; no Espírito Santo fez e tem morada e viaja até Vanuatu. Nós, expressão; produção aos ventos; liberdade, crítica, maturidade. Menina transgressora.

09. Pra mais anos num barco ao sabor da água da inspiração, se movendo e removendo arestas, obstáculos, descansos. Muito prazer, quem sabe numa passagem de segura, todas as vibrações em rebeldia e arte, retornam e explodam em giros, saudade e piração.

André Café

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