terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Contra-atacar



Por terra, lágrima e sangue,

fatiados em todo turno de nossa gente;

ardor, vigor e fé,

ainda que o pisar dolente.

 

Às crias, as águas e montes,

encarcerados antes dos olhos;

mas livres, por sermos seres,

ao fardo dos intransigentes.

 

Ao natural, criado e destruído,

com fome de essência e equilíbrio;

ainda que rasguem os céus anis

de progresso pungente.

 

Para o sul, pelo entorno,

toda palavra é aprendizado,

cada prática é uma formação;

façamos ferver a contradição,

subvertendo, arrebentando

a frágil normalidade;

sobrará pouca saudade

daquilo que queremos olvidar.

 

São tranças de tempos difíceis

que se complicam em nossas fragilidades,

arquitetadas em preditas formas.

Porém, do mais alto torpor,

nasceram as ruínas:

sedimentos fundais

dos sepulcros finais

gerados em contra-atacar.


André Café

Sem Assunto



No mundo em que se pisa na terra,

quebranto é feito homem: segurando forte o açoite;

atrasando o ponto da noite, esmigalhando o pulso que finge,

alimentando a fome de prece, apaziguando o corpo cadente.

 

Fé na brisa que cura as feridas:

ameniza o passo dolente, formigando a peia do mundo;

assunto, na forja dormida, a chave da tosse insistente;

escarro a gota de gente, que afunda no véu espelhado.

 

Embarco, no lume de horário,

cem cargas de peso da história, acobertadas pela ranhura.

não sou assunto da criatura, qual me padeço em meus percalços;

alvoroço cálido, falido, tácito e pungente, murmura.

 

Fogo temente, frio corporal; guizalham as articulações:

uma nota miúda, sofrida e semibreve, invertida verve.


André Café

Visão dessa paixão

 


Vejo o seu mundo com a verdade desse olhar,

que meus olhos trazem nesse ar que o vento faz. 

A Coragem diz-me que sou capaz de realizar e terminar:

esse lindo acreditar.


No Desejo desse medo, 

que torna a feição uma ficção nas dores do meu coração. 

Na Viagem dessa imagem, 

que brilha nessa ilha: A Lua e o Mar dentro desse Amor 

O meu Sabor.


Isabela Pazeto


O jardim da minha vida

 


Nesse jardim existem flores perto do monte que irradiam o Chão... 

Onde a luz brilha o reflexo dessa (essência). 

No Horizonte vendo as gaivotas, no céu, é como o passe leve da bailarina dançando no mar para contemplar esse lindo luar, que a noite vai deixar! Quando terminar! O amor maternal dos animais ,tocar a mais linda borboleta ao pousar na flor. Com esse mesmo afeto. O céu onde as nuvens moram, é lá onde eu quero chegar no mais sublime pensar de estar lá, onde eu sei chegar...  Só bastar sonhar.


Isabela Pazeto


Carinho de Amiga


 

La vem a Chloe, 

para quem não conhece: 

É a luz dos meus dias. 


É a Amizade que me guia,

nos caminhos da minha vida.

Sou a sentinela dela.


O que ela pensa?

É o que os meus olhos não podem ver. 

Mais posso crer. 


É a razão do meu viver, todos os dias

É o motivo da minha felicidade,

que dá sentido aos meus dias.


Isabela Pazeto