Dez e nove...
'Quanta agita', gira de afoitos afetos.
Entre o salobro, o manifesto da lama, a erosão sintaxe,
o semear magia, noites e dias de sarau visceral, de lambe, cor e carne,
gritando ao sereno, fogaréu do corisco, a histeria de subversão.
De ti são tantos que vem e vão, que foram e será, daqui e além aka;
monto um varal de ciranda e sorrisos,
vem prantos dos risos que já foram rodopiar
nos cantos onde não cabe existência singular.
Calcinhas que dançam, florestas de beira
dez e nove horas de um relógio que não marca mora,
que não cobra tempo,
que não, não vai embora.
Do 8 ao infinito são léguas,
da Barrinha ao Espírito Santo são efemeridades eternas;
do risco à permissão, o ponto do canhão,
germinando axé, cantoria e rima;
tu, menina, que fez o chão do nosso encontro,
do coreto ao conto, donde voamos em rebeldia e pousamos na saudade;
e na certeza;
dez e nove ciclos de gira:
poesia, festejo da presença.
André Café
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