domingo, 14 de setembro de 2014

Um vento morno deste teu peito velho


Tristeza ...
moinho silencioso de versos gritantes
nas tuas voltas gigantes,
o desgaste que abala o leito:
um vento morno deste teu peito velho
fazendo um punhado de risco na terra;
úmida, embebe o queixo, o pescoço e o chão

Tristeza ... assim, só pra ser poesia
te calar, um dia só, poderia?
inverso; rasga o seco do palavrear
das coisas não ditas em olhares
dos beijos malditos de pesares,
escavando a tez do juízo
sem aviso, numa caça perdida ao coração

André Café



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