terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Indiferença (ou seria falta de amor?)


Por dias falo comigo mesmo
E sempre me pergunto o que faço
Porque te encontro se não lhe quero
Tento fugir do seu abraço!

Não me seduz a calma
Porque o que me abala
É essa aflição barata
Maltrata! E como maltrata!

Onde não te vejo você se faz
De vez ou outra aqui jaz
Tenaz! E eu incapaz
De fugir! Em mim teu cais.

Brota em mim a repulsa descontrolada
E a amaldiçoo por trazê-la
Novamente, irritante, impertinente
Impreterível, invisível, amor decadente.

Por vezes falo comigo mesmo
Se o problema de estar contigo
É a languidez fúnebre
Ou meu desprezo insistente.

09 de novembro de 14

Hugo Barros

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