terça-feira, 3 de junho de 2014
Rascunhos de uma poesia perdida
Achei perdido no bosque do velho porto
Dentre folhagens secas sem tom
Respirando o ar tóxico da vida
Sem saber o que era o dom
Lamentava cada passo, pensava que a vida era mesmo assim
Achei de um modo triste, tão calado que não me chegou a sorrir
Parecia buscar a solidão e engraçava-se com a dor
Colhi com luvas finas e dei abrigo entre meus cabelos e um pouco de calor
Foi um apego com braços e pernas abertos e com a alma calada
Sentindo aquele senhor do meu acaso que hoje é ele quem me acalma
Paula A.
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