Estes ares nada me atiçam pelo verso;
e não foi falta de milhagem,
ou mesmo de aprofundo:
no escuro do cimento e asfalto
o poder, o frio seco, e um sem tato.
Outrora distante, sem pensar em cidades
caçando o ardor no peito de quem passa na rua
à toa, são milhões de histórias,
trajetos entrecortados de ternura e tristeza;
só um gole de cerveja trás leveza?
As vias não falam o que penso escutar,
o silêncio que me grita é alto e claro breu
sou eu ou são todas as coisas?
Me mova, qualquer fita em embaraço,
para quem grita, fiar o meu abraço
André Café, dias sem poemar
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