Foi só o tempo do lume no frio chão de asfalto,
apagar todo e qualquer rastro de caminho à ti.
Arrasto-me num rasgar perdido de veredas e sertões,
para cada milhagem mais tarde de ti.
Desce o rumo, perde o prumo e a poesia,
ou se encontro o fio da prosa no verso da estrada.
Se não for tristeza, é só paisagem tardia,
no fim do dia as vozes dizem que não é nada.
E a selva se concretiza no fim,
eu, as minhas incertezas e o dia que segue.
Dor e prazer num misto frevo em frenesi,
pra qualquer ilusão de pavor que me carregue...
Longe de mim
André Café
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