quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um não-lugar para chamar de nosso


Um não-lugar para chamar de nosso
entre concretos e iluminação neon
um não lugar pra se mandar um som
são paredes cálidas e mudas
são corações escassos de aflições
um não lugar em lugar algum
um sonho de sinestesia, pelas praças percalçadas sem onipresença
o meu turvo muro, erguido e reforçado
'palafitado' em desesperanças
um não lugar para chamar de nosso
um planeta que respire o nós
ao invés de algoz delírio de individualidade

André Café

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