quinta-feira, 31 de julho de 2014

Menina Favo de Mel






Mudei os meus conceitos
Nunca tive tanta certeza
Meus olhos se enchendo
Definindo-se a beleza
Resultado da exatidão
Amostra da perfeição
Do poder da Natureza

Brilhou em meu caminho
Monumento tão vistoso
Sorriso doce de leite
Bochecha de furo dengoso
Li no seu olhar de menina
Seus poderes de Taurina
De coração caloroso

Encontro sem explicação
Forte vibração de energia
O meu peito empoeirado
Enfeitou-se de alegria
Em oceano limpo e claro
Muitos anos não comparo
Com os segundos daquele dia

Campeã em formosura
Mil estrelas em um balaio
de olhar encandescente
Beija Flor em um ensaio
Despertar do Romantismo
Pedra mor, Magnetismo
Nesse encontro pára raio

És a fonte cristalina
A manga rosa no ponto
És mocinha encantada
És personagem de conto
Mulher de luz radiante
Com olhos de diamante
de deixar o cabra tonto

És capricho do Divino
Encanto do carrossel
Representante da doçura
Divindade da ternura
Rubi brilhante do anel
É por isso que eu te chamo
Menina Favo de Mel

(Marcos Medeiros)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Amor que morde


Amor de medida
fatia do corpo da poesia;
um naco por mordida

André Café

Um cheiro vespertino


Pela rua, pela hora, pela relva
já passou o vento com teu perfume
e eu que me atrasei a vida
só por esse pedaço de fim de tarde
pra noite se enrolar em tuas tranças,
pra dança que meu peito vibra,
mas agora grita pela maldade

Punhado de tempo e de descaminho
faz o aroma que me guia, desviar
vai sem avisar, vem sem anoitecer
pra trazer de novo aquele fim de tarde
que multicolore a cidade
e pela passagem de tantos selvagens
invade meu ser, que se arde
de tanta vontade
de tu amanhecer

André Café

Ao tempo que o olhar salta sobre todas as coisas


Eu preferiria não te amar.
as músicas novas que ouço são do século perdido
como trago, o meu peito suspira duas contas de solidão:
uma em silêncio; outra destilada
uma em riste; outra pela leveza de minhas angústias:
cálidas e suaves, feito o maltratar que me atiça
o risco, a tua pele inebriando o já feitiço,
mestiço de folias e adorações
no teu centro no canto dum quarto do mundo
me faz assim sorrir, chorando
pois eu preferiria não te amar ...
amando

André Café

terça-feira, 22 de julho de 2014

De 8 ao Infinito


Oito. Mas tanto tempo. Uma vontade, um desejo de pequena mudança, de uma rotina delirante, para delírios e voos sem limites, sem forma e medida.

Oito, menina criança, que dança e subverte; que desafina, que aconchega e que grita. Na mais surreal vivência, aos pés no chão do mundo do ar.

Oito, assim por assim dizer, número. Que seja exótico, quiça fantástico, certamente cirandado.

Da lágrima que fito, naquilo que acredito, sem prova ou veredito ao coração aflito: és mito que repito, que recito, ilimito.

Do 8 ao infinito

André Café