(Ou, do atalho para o caminho mais distante entre a tinta e a sua cor)
A mão que cria
dá brio ao inusitado
e concomitante espaço
onde toda pluralidade
não passa de engodo
e ressonância atravessada
de discursos inteiriços
pouco dispostos à confluência
timbres renitentes
em indefinidos toques
"Volta o cão arrependido"
volve a vulva nesta chuva
relampeiam clarões
quem entender algo louco estará
quem buscar entrelinhas em entrelinhas
tempo perde
Antes da noite
e depois do morno amanhecer
as pressas continuam a conduzir as vidas
os passantes concatenam
ludibriados com a distração
Isto não é poesia.
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