quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Teresina-Terehell-Terecéu
Menina Teresa,
Menina Cristina,
Imperatriz?
Dos sertões, do cerrado, da caatinga, dos cocais...
da miséria
Sangue cajuína, suor de cachaça
temperada
O buxo quebrado
de tanto sarapatel
Nadando violentamente contra bueiros
refletindo no Poti
Assoriando minhas mágoas no Parnaíba jorrar
Ummmmm, que saudade do capote Estaido
Quem deverás lembrar da Frei Indignada?
Ummmmm, da Lesteira elitizada
suburbunamente calazarizada
amebizada
Menina ferina
ciranda cirandina
água, chuva, chegou Janeiro
pesqueiro, piracema, sombra da mangueira
sobre as folhas do cajueiro
um camaleão caminhando pro caneleiro
ipê-amarelo, Troca-Troca, navegueiro
Forrozada, reggaeada, rockada, regionalizada
Cultura abastarda
negligenciada!
O Cacará anuncia o gabirú na lagoa
Andorinhas de agosto, setembro
calor
BR eita piula Ó BRÓ
Avante caburé, mucura, soinho, gabirú, carcará!
Vento seco, levanta o voo socó
Pindura a carne seca,
corre-corre pra madrugada
Pitando a porronca
socorre a Não-Se-Pode
Vila Irmã Dulce, Vila Velha do Poti
Corre ali pra sacudir
a falta de lambari
Poti Cabana?
pobre pobre na varanda
assistindo o coroné passear
Teresina
Terehell
Terecéu
Amarelo queimado no gramado
é fumaça, é arado
Forte sol do Equador
metálica sombra de verão
Teresina
Terehell
Terecéu
Miguel Coutinho Jr.
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