Era por mais uma vez viajante,
corsário de seu tempo e vida,
passageiro sereno em um mar de caos
Na busca acesa e incensante,
por um cais de porto seguro,
que seja além e também o futuro
Por ondas de malefícios,
sal roendo as entranhas,
predadores ao sabor da espreita
Passam sóis e ré menores,
no balanço às vezes sem destino,
flutua a caravela em fantasia
Onde está meu porto
para que sul ruma o norte?
para onde não se depende de sorte
Meu cais tem tesouros
calmaria talvez, e quiçá
instância de um vida simples
Mas dele me afasto
o barco não pede suplício
há uma luz mais longe?
Um farol que ora perto ora invisível
envia sinais fugaz, silenciosos
mas seu reflexo ativa
meu olhar,
meu peito,
minha luz
Não há garantias de tesouros,
não é um cais de calmaria
há caminhos tortuosos,
a suor, lágrima e medo,
medo do desconhecido,
mas muito mais do que não pode ser
Ruma barco,
cortando as águas feito navalha,
reparte o sangue tinto vinho
na delicia de chegar
No cais não há garantias de felicidades
mas é no teu cais que preciso
por todas histórias, me aportar
André Café
Nenhum comentário:
Postar um comentário