Me bate um desespero nato,
que não enche prato que já está vazio
depois da noite arrepio,
amanheço ausente, tez que não se sente
É tempo quente, frio d'alma,
que nunca acalma, o torpor esguio
é sobre não dormir a fio,
nesse desatino de dor permanente
E como passatempo o dia,
nessa letargia vinda do mercado
a gente olha para o lado
e não vê o caldo de toda riqueza
Mas onde está essa beleza
e prosperidade, nem deixou recado
nem mesmo aquele bem bolado
é o dissabor de tanta tristeza
Capitalismo yes, usando seus pés,
pra matar a fome
e mata, todos os famintos,
em qualquer recinto de legalidade
Esmaga de uma vez, eu, todos vocês,
nome e sobrenome
conforme o bandolim, vem lá do mainstream,
o fim da humanidade
André Café
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