Turista da terra natal,
entre voos, meses e saudades ...
Sentado a beira da braça, uma cerveja sincera,
ardor daquele fim de tarde, a nostalgia em pauta.
O contraste do quase poema, encerrado no caos social,
minha cidade romantizada no precipício neoliberal,
medo, fuga, pés descalços na fonte pública, fome e solidão;
macio farpado em cada gole gélido.
Tempos que não sentia o aperto do calor,
mas sempre o desejo de ver a menina ainda sorrindo.
Cai o dia, esperanças resistem, o tráfego continua;
Um embaralhado triste, duma cidade em riste, enquanto o povo amua
Sou só mais um, no vai e volta, a ter lembrança, do passado sepultado.
André Café
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