Olho mundo; chama cria:
os encantos do pirografar em centelhas de cosmogonias;
as raízes, suas histórias e louvores,
cantam modos, ensinam versando, rimando magias.
Carregamos a flâmula, somos arte e olaria:
da lama, caos, convicções e ética:
cinzas que adubam o florescer
no solo da consciência e prática
Lume move e fortalece,
pelas mãos de nosso labor.
"Afervilha", expande, aquece
a premissa do pavor
Rebuliço, alvoroço, cerração;
é barulho que antecede a brisa.
E o pavor sublimado ao alívio,
num fio de fim de tarde que avisa:
O fogo que atiça o pavio,
agora prepara o alimento;
foi faísca de combate e ruína,
mas é molde de base e firmamento.
André Café
Nenhum comentário:
Postar um comentário