terça-feira, 10 de maio de 2016

O diário de uma mãe


No ventre de uma jovem mulher, eu era uma obra-prima arquitetada pelo criador.
Na infância, eu era a pupila dos olhos dos meus pais.
No meu tempo de meninice, adorava comer o bolo de fubá feito pela minha avó.
Na adolescência vivi os conflitos da identidade.
Na juventude descobri os efeitos da paixão.
O casamento foi o voto que fiz em nome do amor.
Tornei-me mulher!
Conquistei o meu espaço no campo profissional.
No meu ventre o fruto do meu amor, o amor incondicional.
O ciclo da vida se inicia nos olhos de Maria, a minha amada filha.
O tempo, mestre do destino, deixou marcas das vicissitudes na minha face.
A minha filha tornou-se mãe, a minha amada mãezinha se foi no barco do destino, guiada pela paz rumo à eternidade.
Os meus netos correm pela casa.
Na memória, os belos dias, as recordações que nunca esquecerei.
Sou uma mulher realizada, sou uma mãe convicta!
Aos 98 anos, vejo a minha vida se esvair pelo ralo do existir.
Para as mulheres deixo a seguinte mensagem: Ser mulher é romper com os limites da vida, ofertando a possibilidade da vida para os homens, sensibilizando o mundo, perpetuando um olhar poético e amamentando o progresso da humanidade.
Um salve pra todas as mães!

Dhiogo J. Caetano

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