terça-feira, 3 de maio de 2016
Da Barrinha
O caminho é curto; vida longa
pelo cheiro úmido dos trilhos:
mata que respira, canto da arara,
trem de passagem para qualquer rumo
A estrada é barro; vida longa
pelo verde que entorpece:
arvoredos e grotões, num bolado de canções
os olhares 'desaluem' do aprumo
A vereda vive; vida longa
no encontro do caleidoscópio:
a parada é pra ficar, pros daqui ou estrelar
tanta história que não cabe num resumo
Mergulho no natural; vida longa
o lugar mistificado:
dos cantares, poesia, pra fazer da noite o dia
e sugado de prazeres até o sumo
André Café
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