quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fome das cores


Um pedaço desse ouro impuro
aos meus olhos, devoram as cores
Apenas um traço desse desejo impróprio

Minha essência, servida num trago
as cores que devoram meus sábados
Apenas rabisco desse ensejo profano

Uma catarse de desalinho
devorados tons de fim de feira
somente harpejo da última dança

André Café



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