terça-feira, 30 de julho de 2013


Um ano é muito pouco para amar.
Mil beijos se perseguem pelo escuro
E as mãos, que delineiam seu destino,
São carros naufragando no concreto.

Um ano é muito pouco para amar
Uma ave que despende a existência
Librando pelo céu as asas tortas
Em busca do alimento inalcançável.

Quem sabe, se nas lidas desta vida,
Dois olhos, pelos prantos maculados
Olhassem uns aos outros como espelhos

E enfim, reconhecessem como irmãos
Dois corações que sofrem, poderiam
Tornar mil anos pouco para amar.

(Igor Roosevelt; 29/07/2013)

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