sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O CORVO E A ROSA


Eu vivo sepultado nas lembranças
Que um dia eu tive a Ti, oh minha Flor!
Sopro de todas minhas esperanças,
Vida que um erro tolo me roubou.

Escuto as harmonias dos gemidos
Todos os dias desde que partiste
Deixando em mim mil corações partidos,
Dando-me a pena de todas mais triste.

Mas não Te culpo por me abandonares.
És uma Rosa e eu sou um Corvo imundo.
É o Teu dever embelezar os ares...
É o meu dever tornar sombrio o mundo.

Eu fui forjado pelo Sofrimento
Por isso eu canto o que o destino quis.
Mas sempre lembrarei no pensamento
Que um dia ao Teu lado fui feliz.

Agradeço por tudo, minha Flor
Mas pesciso seguir no meu caminho.
Eu sou um Corvo! Eu não nasci pr'o amor!
Eu fui gerado pra voar sozinho.

Mas se quando cair a vesperal
Tu não veres motivo pra sorrir
Lembra-Te desta torpe ave do Mal
Que amou-Te mais que tudo e morreu por Ti.

(Igor Roosevelt, 20/12/06)

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