Sobre a loucura do artista
“... e por não ser artista, ter a coragem de sê-lo, a fim de que
nasçam artistas de vanguarda a partir de nossa pseudo-ignorância de retaguarda”
No começo é a dúvida e a dívida,
a duodécima, a trocentésima, a “incontésima”(adágio chinfrim)
a duodécima, a trocentésima, a “incontésima”(adágio chinfrim)
Por um pequeníssimo e estranho momento
Consegui deixar o vulgar e mental racionamento
Consegui deixar o vulgar e mental racionamento
Pensei no que vou legar pras futuras presentes gerações
E lembrei que ainda não tenho você perto de mim e nem tenho ações
E lembrei que ainda não tenho você perto de mim e nem tenho ações
Canto pra ti esta missiva de ‘trevés moderna
Ao contrário do que imaginava antes
Ao contrário do que imaginava antes
Não consegui pensar mesmo no feriado da semana
de repente a língua sente saudades
de repente a língua sente saudades
Mas o que é que eu posso te explicar desse jeito
Se esse jogo é imprevisível e meus créditos estão expirando
Se esse jogo é imprevisível e meus créditos estão expirando
Se essa dimensão que dão às coisas é incrível
pois não vivemos mais para o presente
pois não vivemos mais para o presente
Somos ainda e sempre serviçais de ilusões
na vidinha corriqueira em meio ao populacho
na vidinha corriqueira em meio ao populacho
Nem amor mais nos é permitido fazer
porque o namoro nosso ao vizinho soa perversão
porque o namoro nosso ao vizinho soa perversão
Nem amizade mais é preciso cativar
já que o convívio teu e meu ao outro parece imitação
já que o convívio teu e meu ao outro parece imitação
O que pra nós são felicidades por alguns raros instantes
pra eles não passam da inconcebível loucura do artista.
pra eles não passam da inconcebível loucura do artista.
(cont...)
Por João Paulo Mourão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário