segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Carmela e o Jardineiro
Carmela:
Quando desatava os teus nós de solidão
E te amarrava nos meus olhos de tristeza
Você não me dizia tudo o que sentia
Quando te encontrava empinando
Mil pandorgas com os pequenos
O vento carregava meu aceno até você
Que não me compreendia
Hoje ainda canto que te faria um tapete
Branco de crochê e te leria Hilda nua
Te mostraria o vermelho dessa vida
Mas sem teus jornais no fundo do baú
Sem teu guarda-roupa
Só me resta uma varanda vazia
Mais uma vida sozinha
Jardineiro:
Na minha pele, teus cacos de vidro se perdem
Nos velhos livros, tuas fotos guardadas escrevem
Cartas a Ophelia esquecido comigo
Contigo, meus discos de folk, de blues e de rock
Noite bucólica – ao teu encalço me vejo
Descalça – no meu segredo te vejo
Sagrada – sob a luz de parasselênio
Cartas a Ophelia esquecido comigo
Contigo, meus discos de folk, de blues e de rock
Laìs Ha
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