O pé talhado na terra úmida,
marca afetiva do labor
germinando;
o vento toca a ponta do céu
com cuidado,
levando o afofo de beira,
para chorar a ribanceira
das nuvens que vão se
aprumando.
Trago forte na chama verde,
trabalho coletivo construtor;
o sumo da sobra é barro a se
modelar,
forjando no ardor da fogueira,
a vida altiva e arteira,
ciente, sem peso e indolor.
Planeta esse, pra qual rumo?
Sonho cadente é fácil de
achar:
Não se esconde, mas incita
revelação;
floresce em cada fileira,
supera toda fronteira,
dos cantos do mundo do ar.
André Café
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