segunda-feira, 17 de maio de 2021

O mundo do ar




O pé talhado na terra úmida,

marca afetiva do labor germinando;

o vento toca a ponta do céu com cuidado,

levando o afofo de beira,

para chorar a ribanceira

das nuvens que vão se aprumando.

 

Trago forte na chama verde,

trabalho coletivo construtor;

o sumo da sobra é barro a se modelar,

forjando no ardor da fogueira,

a vida altiva e arteira,

ciente, sem peso e indolor.

 

Planeta esse, pra qual rumo?

Sonho cadente é fácil de achar:

Não se esconde, mas incita revelação;

floresce em cada fileira,

supera toda fronteira,

dos cantos do mundo do ar.


André Café

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