sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Amor é um contexto
Por você cortei o cabelo.
Obrigado.
Por você deixei a barba crescer.
Obrigado.
Por você usei calça com tênis.
Obrigado.
Por você aprendi a perdoar.
Obrigado.
Por você senti mais homem.
Obrigado.
Agradeço pela obrigação de estar contigo.
Hugo Jardel
(30/01/2014)
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Uns registros revisados
Registros
"Now Maktub": uma Calourada na universidade *
Panfletos. Comentários. Avisos. Convites. Palestras. Discussões. Debates. Opiniões.
Apresentações. Festas.
(-x-)
Pessoas juntas. Mulher diferente. Monólogo telúrico. Performance teatral. Jogos políticos.
Militância estudantil. Palavra professoral. Aplauso geral. Poesia motivacional. Música
conjuntural.
(-x-x-)
Baticum vertiginoso acadêmico. Misturar de gentes. Ensino, pesquisa, extensão. Público,
gratuita, qualidade. Aluno, professor, funcionário. Palco, luz, palavrório. Fé, juventude,
poder. Autonomia, luta, cultura. Pensamento, atitude, objetivo. Paz, amor, união.
(-x-x-x-)
"
Validuaté" quando se quiser. Espetáculo dançante, palpitante, cantante. Galera interessada:
ouve, olha. Gravo mental e corporalmente. Flashes, rostos, silhuetas, formações.
Consciência, transcende nossas vivências. E experiências ecoam estreladas. Espontâneos
momentos e expressões. Amigos, conhecidos, colegas, anônimos. Tudo filosofia de verdade.
(-x-x-x-x-)
Cerca de vários calouros e quase alguns veteranos; Guevaras, Fidéis, Olgas, Prestes -
revoluções em palmas de mãos e passos de pés. Cabeças inteligentes. (Selá).
Os termos grifados antes da declaração significam agora (em inglês universal) está escrito (em árabe oriental).*
Panfletos. Comentários. Avisos. Convites. Palestras. Discussões. Debates. Opiniões.
Apresentações. Festas.
(-x-)
Pessoas juntas. Mulher diferente. Monólogo telúrico. Performance teatral. Jogos políticos.
Militância estudantil. Palavra professoral. Aplauso geral. Poesia motivacional. Música
conjuntural.
(-x-x-)
Baticum vertiginoso acadêmico. Misturar de gentes. Ensino, pesquisa, extensão. Público,
gratuita, qualidade. Aluno, professor, funcionário. Palco, luz, palavrório. Fé, juventude,
poder. Autonomia, luta, cultura. Pensamento, atitude, objetivo. Paz, amor, união.
(-x-x-x-)
"
Validuaté" quando se quiser. Espetáculo dançante, palpitante, cantante. Galera interessada:
ouve, olha. Gravo mental e corporalmente. Flashes, rostos, silhuetas, formações.
Consciência, transcende nossas vivências. E experiências ecoam estreladas. Espontâneos
momentos e expressões. Amigos, conhecidos, colegas, anônimos. Tudo filosofia de verdade.
(-x-x-x-x-)
Cerca de vários calouros e quase alguns veteranos; Guevaras, Fidéis, Olgas, Prestes -
revoluções em palmas de mãos e passos de pés. Cabeças inteligentes. (Selá).
Os termos grifados antes da declaração significam agora (em inglês universal) está escrito (em árabe oriental).*
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Quando você respira
Não adianta chegar aos cinquenta reclamando de tudo se a vida toda você guardou os ratos mais barulhentos debaixo do travesseiro
Ana
Ciranda de beira de rio
Cafundó - Pau D'arco do Piauí |
Noite que chega, traz o frio e magia
e a nostalgia de um tempos de canção
Vinham as vozes pelas matas e folhagens
carregando a mensagem
de saudade de monção
Fogueira feita na pedra de lajeiro
o povo inteiro em alegria pra dançar
beira de rio nesta noite de folia
vem trazendo a melodia
para os sonhos rebentar
De lado a lado, esperando o alvorecer
as energias vão fluindo devagar
um novo dia de esperança vai nascer
feito ciranda que chegou para girar
Chega pra roda vem, vamos cantar
a natureza quem vai nos guiar
Chega pra roda vem, vem cirandar
beira de rio seja o despertar
André Café
Quiçá arte será
Somente a arte,
meu nariz sorve de vez,
com os olhos mirando o que foi
e a vontade de ter escassez
O mérito de desmerecer;
o ponto de segregação;
o mais alto nível;
o mais baixo porão
Quiçá fui história
ou mesmo fagulha
sei lá da memória
de mar que mergulha
a
a
a
arte que faz parte de domínio desencerrado
faz parte da arte; cabeça pra baixo, desato
se queria louvre, livra-te do encerrado
André Café
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
O que sonha um cego de nascença
se visão nenhuma lhe foi dado?
sonho turvo, sons e espectros
cinestesia, vibrações e alegoria
o que pensa um surdo de pia
e sua voz ausente em pensamento?
imagem em movimento
sonho e nostalgia
silêncio e escuridão de tudo
somo todos obscuros /som mudo
que visão distorcida
temos todos nós do mundo
(Ítalo Lima)
(Pode vir comigo)
Chegada partindo à entrega do encontro
Que não sabe o corpo intenção da Alma –
Sedutora dos poros.
Semente do desejo brotando calores
Fruto do fogo floreando a pele –
Flor dos eriçados pelos.
Manto amantando ardores
– Ignorando dores em brasa –
Salivando prazeres intensos n’alma
Sentidos e sentires misturados
Sedes entrelaçadas
Lançadas a deus-dará (vontades)
Livres para serem verdade
Vivenda da felicidade.
Bem que invade
Querer que inunda
Coração que transborda –
Pulsa alto: brada desvairado
Espanca sem dó nem piedade.
(Peito sofrido diz-se piegas declarado.)
Rei dos contrários
Pensa para não pensar
Cura para não curar
Embala para não embalar
Embebece para não embebecer.
O Amor é sacro
Mas carrega em si todos os pecados
O Amor é cego
Mas enxerga todos os caminhos dentro
O Amor é só
Mas preciso de nós para ser uno
O Amor é tempo
E preciso de nós para ser intemporal à vida.
"Não que eu seja sem medo
Mas mesmo assim não temo
Pode vir comigo"
Para seremos perfeitos desde os pés ao coração.
Nayara Fernandes
Ávidas asas (tem a vida)
Vida
ávida
leva os dias.
Tempo voa
(veloz-voraz-denso)
esquecendo de ser sereno –
leve intento do vento.
Leveza vai
e não mais volta,
brisa a leva para além do horizonte.
Pelo sol ilumina-se.
Na maciez das nuvens adormece.
Repousada de si –
ali eterniza-se.
Vida ávida voa.
Tempo não ver a beleza das suas cores.
Nayara Fernandes
Queira-se
Por que escrever sobre o Amor quando, às vezes, somos apenas desamor? Por que escrever sobre a doçura quando, às vezes, somos apenas amargura? Por que escrever sobre a leveza quando, às vezes, somos apenas densidade? Por que escrever sobre o sorriso quando, às vezes, somos seriedade apurada? Sinto dizer, mas somos um acúmulo de alternâncias crônicas. Felizes somos, mas felicidade inteira não possuímos. Positividade existe, mas pessimismo é saudável. Prova que não somos máquinas. Há tristeza para sermos dignos da alegria. Há sombras para enobrecermos a Alma enquanto luz. Há espinhos para descobrirmos as rosas e seus perfumes. Há desacertos para cabermos nas amadurecências. Não dance fora do ritmo. Não tape o sol com a peneira. Queira-se! (Como se quer o outro, defeituoso. Mas se quer porque se ama. Se quer em suma – carne e osso e vícios muitos.) Nem sempre telhado de vidro é mais contemporâneo que telhado de palha. Bom seria se um dia não fôssemos humanos.
Nayara Fernandes
(A)mar é ninho
Escrevo,
logo verso
o inverso
da vida
ventos os dias
leve fico – passarinho
(a)mar é ninho
Nayara Fernandes
Alvorecer
O vento leva
o tempo volta
o dia renasce
e desfalece a memória
a mente está livre pra raiar
uma nova história
Nayara Fernandes
Horizonte infindo
Minha fé deu nó
de nós restou a lembrança
– fita sem laço –
no ninho da vida
pássaro não soube abrigo
abrigo-se horizonte infindo
Nayara Fernandes
Something for John Quixote
Who was Dulcinea?
Who was Don Quixote?
I don't have an idea
But I could think a lot
I’m a beatnik and Kerouac's fan
I'm crazy about Dalí and I know
I would paint you under the sun
And I could write a poem to you
I want to be your bedside's problem
Or maybe just your pair of socks
I want to find your chords again
In fact I'm just another latin american
Looking for a place & a chance
When half of the tears are feelings
And the other half only water
Is a good thing
Who was Rimbaud?
What was the symbolism for us?
I don't know how to tell you for sure
But I can show if you want
(Laís Grass Possebon)
As vezes penso demais
e o mais me cai sob as costas
As vezes penso é meu pensamento se o cais
que me atraca transborda
E eu na borda da queda
querendo uma mescla do teu café,
teu cafuné ~ não é remédio não!
teu cafuné ~ não é remédio não!
Descansar à sombra d'árvore
colher a fruta no pé
O teu pé-sujo esbarra mulher
onde quer
Me banhar nessa água gelada,
salgada do teu suor
Nada melhor do que esperar
o sol chegar e o suor secar
Haschi Faria
Libélula
Dilui em boca
contra-gota
olhos miúdos
cegam-me os dedos
gotas amanhecem
respingam o assoalho
Acordo em estação
não me vejo em horas
o espelho em verso
traça as rugas
já te tenho em seda
sujeita-me a oração
sobre o silêncio
o sussurro, libélula.
Y.M.
Medo do que vem além
A cada dia que passa tenho mais medo das pessoas
Um medo que não está preso a uma resposta de fuga
O medo que tenho é o medo do próprio fim da humanidade
Um medo que surge do próprio medo das pessoas para as pessoas
Medo do desprezo, da falta de amor!
Medo do desprezo, em ver semelhantes sofrer por um pão!
Repulsa em ver pessoas demonizarem pessoas que nunca terão a chance de dormir sossegados
Até onde vamos humanidade?
Até quando amar, comer, dormir, sorrir e viver serão um mero privilégio?
Até quando teremos medo de superamos nossos medos?
(Miguel Coutinho Jr.)
tom de faz de contas
Ainda não achei o tom certo.
Está faltando um acerto de contas
Num faz de conta que nada se parece com conto de fadas.
Ainda falta acertar o tom.
Não acerto a música. Falta melodias.
Falta harmonia entre os versos.
Sobra drama neste pesar incerto.
Tody Macedo
Sereno (de poesia é vida)
sinto muito
sinto lento
sinto e me levo lesa no vento
avoo no tempo de dentro
sentimento é poesia
a me (re)nascer noite e dia
no sereno da Vida
Nayara Fernandes
Ilusão real
o Amor é réu
ora fel, ora véu
[(e)terno céu]
o Amor ousa, abusa, insulta
[suscita cura nas loucuras]
o Amor é juiz a fazer jus a Vida
[jazz é melodia dos desejos ardentes
no trincar dos dentes que oculta alarde
(Alma geme radiante-solitária)]
abrigo dos amantes, alimento dos amados
cafetão da lua – a puta que pariu a poesia
[o Amor é a ilusão real da vida]
Nayara Fernandes
Lá se vai
Deixe que eu fique quietinha, chorando baixinho,
Pedindo perdão;
Talvez nem seja saudade, seja só vaidade,
No meu coração;
E seu eu disser que sou louca, que me entrego rouca,
Sou fogo e paixão,
Quando eu quebrar a vidraça e fizer em pedaços,
Seus sonhos e pretensões;
É só vontade de ter,
O que tive e joguei fora,
É só vontade de ver,
Ou nem é, é da boca pra fora.
Leva meu lenço no vento, o meu pensamento,
Minha solidão,
Mesmo que outros naveguem meu corpo,
Serei sempre sua, pra quando quiser.
A sua menina travessa, que escreve faceira,
Em seu corpo nu,
E te quer, mas te quer de pouquinho,
Pra que a vida demore a passar.
(Malcon Barbosa)
Amor Meu
Estava pensando em você
E na importância que você
Tem na minha vida
Falar com você acalma minha alma
A sua generosidade
A sua maneira tão especial de ver
E de viver a vida renova
A minha forma de ver o mundo
Sou grato ao universo
Por promover o nosso encontro
Nunca vou me esquecer
Quando falamos o nosso primeiro "oi"
Depois daquele dia
Nunca mais fomos os mesmos...
Fazer parte da sua história
É um privilégio
Sou capaz de dar a minha vida
Em forma de agradecimento
Por tudo que você fez e faz por mim
Beijo na alma.
Autor: Dhiogo Jose Caetano
E disse a boa poesia:
quem mora em vilarejo
não morre de fome,
morre de melancolia!
Que outra serventia
tem quintal de pobre
que não seja a de plantar
caminho onde a chuva molhe?
Cidade grande cospe asfalto!
Lugar onde semear, se existe, fica
muito abaixo donde andam os carros.
A seca de concreto tem mais avareza
que pobre no sertão sem ter
o que botar na mesa!
Ravenna Scarcela
as meias amarelas que você esqueceu
brincando de soldado na segunda guerra
enquanto guardo as suas meias amarelas
no meu sutiã vermelho sangue e recordo-me
vagamente das estrelas decadentes que beijei
pelas frestas dos seus dentes superiores e ainda
assim não pude achar a saída desta galáxia
onde me perdi ao encontrar estas velhas
meias amarelas que você deixou na parte
mais iluminada da nossa lua e eu ainda
estou sonhando nua em suas frases chiadas
e contagiantes entre as nossas tantas risadas
conectadas pelos dois lados deste vasto afeto
que eu escrevi com o Allen na primeira tarde
depois da sua partida à tribo do lado oeste
quando esqueceu de me dar o beijo azul celeste
que me libertaria deste cofre prata do sul
e então apesar do epílogo que remanesceu silente
pela luneta dos meus olhos avermelhados
eu sei que posso observar o ocidente dos seus
pés distantes descalçados das velhas meias
amarelas que agora estão guardadas nos
meus seios de anseios constelados.
(Laís Grass Possebon)
Dá saLdade
Saudar a idade, Saudar o tempo,
Mas não saudamos o espaço
O espaço é definitivamente a única coisa que tenta nos manter separados
Tenta, mas não consegue.
Já driblamos o tempo corrido.
Transformando 9 meses em exatas 711 histórias e 1155 encontros
O ser é feito de histórias, o amor é feito de encontros
Quantas casais desencontra-se lado a lado com o outro
O nosso caso é exatamente o contrário
Nos encontramos, nos achamos, e agora nos multiplicamos
O mundo é pesado e arduo, mas multiplicadamente dividimos o peso das pelejas da vida
E dividimos as felicidades multiplicando os sorrisos, abraços e orgasmos.
O que for sem graça, sem gosto
Adicionamos SAL
Até na saL
SaLdade
Vinicius Oliveira está com um pote de saldade no peito
Declaração
Temos o presente inteiro pela frente,
o tempo é tão relativo meu amor.
Para que sofrer com a pressa?
Estamos de mãos dadas agora
é como se fosse a vida inteira...
Quem dera durar pra sempre!
O amor é tão bom!
E se é tão diferente, assim sem palavras...
que seja então com a beleza dos gestos,
com o calor dos beijos e a ansiedade das horas sós.
O amor é isso meu bem... É isso que você sente.
Se você for comigo, te seguirei também...
Já estamos tão juntos, nossas mãos tão unidas,
não há mais nada além de nós
E se o tempo passa assim tão depressa
Que tudo seja tão eterno quanto o segundo de um beijo
e tão belo quanto aquela flor que vi e lembrei de ti.
Perdi a inspiração, perdi o sono, a fome, a hora...
Mas o amor é isso meu bem! É isso que eu sinto
é isso que eu grito, é isso que eu ouço, é isso que eu bebo...
Estamos de mãos dadas agora e é como se fosse a vida inteira...
Quem dera durar pra sempre. O amor é tão bom!
É tempo sem hora, é a eternidade do melhor instante da vida!
Tarcisio Bastos
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Se acaba
No movimento do abraço do conhecer, o desconhecimento grita. Paulatinamente, baba. São páginas nunca lidas, de livros abertos em olhos fechados. E o que seria são, desaba.
André Café
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
13 ou 14 eras
Eu disse: saudade!
e o vento deu ouvido a angústia
espumando-se nas ondas longes do mar
no passo do encontrar, perdido o que já se foi
Não quis o destino
expiar da gente a dor
mesmo com todo clamor
de um sonho menino
dum tempo de ardor
Mas apesar de revelias
quiçá, esquecimentos
a chama nunca cessou
por tantas 13 ou 14 eras.
se era, não deixou de ser, e será
Um simples olhar faz sentido
e toda nossa alegria dança em volta
eu direi: saudade ...
até o dia da vontade que invade
André Café
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Somos
Caducamente ciente;
cala-te boca na lágrima restante:
clima previsto de tempos ferventes
Calculadamente doente;
na realeza dominante
encastelam-se reais dementes
Dor lancinante;
do corpo, presente
o fogo cortante;
declaram a gente
o coro gritante
o medo incidente
Quisera quimera dirigente
ao desafio, semblante
de força oponente
André Café
De madrugada, a gente questiona 2
Tiros; certeiros para quem quer dar a certeza
mas as centelhas que nada tocam demonstram
o mesmo contradito se conduzindo a inversão
Tiros e mais sangue, teses em êxtase
os cegos olhos que debatem o inatingível
pela tangente da revolução
Tiros ao céu, cerrados e convictos
de conduzidos incongruentes
a cada dor, acaba a gente
André Café
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
melo dramático...
De madrugada, a gente questiona 1
Não haverá um texto definitivo
nem abrigo em imperativo
dum infinitivo infinito improvável
Por mais que mais se traduza
num abuso de buscas
por retórica execrável
Não haverá, mas havemos
sem embebedar da cegueira
do olhar metrado
André Café
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Arranhando
Nem pedra e pedro
se fincam na pele cerebral
por tempo tanto; portanto, turvo
é o sabor erosivo vivo
Esquálida superestrutura,
'anura' e incurável,
do filho imprestável
para a vontade sua, ser símbolo
Água que bate em silêncio
ou em trovoadas de conspirações;
um coro sem regente
num desafinar contente
Aos encastelados: teu muro é mural
teu topo de colina, inclina-se
poderoso, em pane, a pino
um sibilo e estatelado
Faz-te ferro; somos acidez
faz-te soberba, somos verve
serdes blindagem; nuas! ao calar o vento
o tempo é só de passagem
Um cúmulo que jaz
em túmulos iguais
não há pedra que te marque sempre
não a pó que te faça ausente
Um rabiscado e arisco risco de arrisco
o por vir deixará a 'fantasia'
ombro a ombro, lados alados
vamos arranhando então, até sangrar poesias
André Café
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Baseados
Me abraça mundo, que a vontade de amanhecer,
não pode morrer antes da meia-noite
Me abraça mundão,
que a vontade de morrer eu deixo para o futuro,
pois no presente eu quero é viver
Eu ainda quero ver uma nova lua cheia,
no poço da beira, de uma Santa Maria
Num é perto do Gameleira... nem do poço...
mas é perto da santa... bem com ela
Zion vive, respirar é tudo que é preciso,
então areja os corações e que flutuem as tristezas,
num balão de certeza
Num balão de certezas, eu nunca voarei...
não existem certezas, mas concepções... pirações, ,,, refrões..
Você é o que a vida guarda nas matas, algo sagrado,
somo todos isso e nada além disso...
Pois a certeza é só essa: que nada é certo,
que o tempo é nosso e que em cada vinho,
vento e firmamento, um refrão será criado
Glauco Souza e André Café
Bom te ter por perto,
Abraçando meu corpo,
Acalentando o espirito...
Sendo singular e querido
Ah, queria não despertar desse bálsamo
Oh doçura de olhar!
Que derrete-me ao fixar estes olhos castanhos
Em minha íris negra
E ao caminhares entre flores
Naqueles campos,
Você tirou o chapéu,
O segurando timidamente e
Olhando para o chão e depois fixamente diante de mim,
Singelo me pediu:
-Quero ficar longas primaveras contigo...
E acalentada com tanto envolvimento
Respondi com uma lágrima tímida no rosto:
-Sim, benzinho que venham
Verões para alegrar nossas tardes,
Invernos para ficarmos entrelaçados,
Outonos para deixarmos ir o que não nos é saudável
E proteger o mais importante,
Nosso belo e eterno amar!
E primaveras para vivermos
Sempre na vida a cantarolar.
A Bom Dono
Mesmo se você não me amasse
Eu te amar ia
E se você não me abraçasse
Eu te agarrar ia
Se sua boca não me beijasse
A minha beijar ia, a sua
E se você não me quisesse
Eu te desejar ai, nua
E você me deixasse
Eu ficar ia
E saia no abandono
Até achar quem me encontrasse
E me acordasse desse sono
E se fosse verdade eu não acreditar ia
Mesmo que não me amasse
Eu te amaria
Ari Veras
O SABIÁ
O sabiá lá nas palmeiras
Faz canção e melodia
Canta o amor e a primavera
No amanhecer do dia
É amigo dos violeiros
E parceiro do Gonçalves Dias
O sabiá-laranjeira
Foi eleito em comissão
Porque cantou mais bonito
Para representar a nação
É a ave-símbolo do Brasil
Por ser de muita estimação
Sabiá que canta: “Ó liberdade”
Sabiá que canta: “Entre outras mil”
Sabiá que canta: “Ó pátria amada”
Sabiá que canta: “És mãe gentil”
Sabiá que canta: “Terra dourada”
Sabiá que canta: “És tu Brasil!”
O sabiá é um sanfoneiro
Violeiro e cantador
Anda no Brasil inteiro
Vai até no exterior
Faz muito sucesso em São Paulo
Ele é um conquistador
Só se eu fosse um sabiá
Pra cantar pro meu amor
Mas não sou um sabiá
Nem poeta cantador
Meu amor não quis ficar
Amigos, minha vida se acabou!
Canta, canta sabiá
Canta, canta, por favor!
Canta, canta sabiá
Vá cantar pro meu amor
Por favor, meu sabiá
Diga a ela como estou!
Miguel Ximenes Cunha
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
amável mente
Não são dois mais dois
é um coração bebendo o mar
O amor idealizado
é o mal do século de quem não sabe amar.
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