terça-feira, 21 de janeiro de 2014
(Pode vir comigo)
Chegada partindo à entrega do encontro
Que não sabe o corpo intenção da Alma –
Sedutora dos poros.
Semente do desejo brotando calores
Fruto do fogo floreando a pele –
Flor dos eriçados pelos.
Manto amantando ardores
– Ignorando dores em brasa –
Salivando prazeres intensos n’alma
Sentidos e sentires misturados
Sedes entrelaçadas
Lançadas a deus-dará (vontades)
Livres para serem verdade
Vivenda da felicidade.
Bem que invade
Querer que inunda
Coração que transborda –
Pulsa alto: brada desvairado
Espanca sem dó nem piedade.
(Peito sofrido diz-se piegas declarado.)
Rei dos contrários
Pensa para não pensar
Cura para não curar
Embala para não embalar
Embebece para não embebecer.
O Amor é sacro
Mas carrega em si todos os pecados
O Amor é cego
Mas enxerga todos os caminhos dentro
O Amor é só
Mas preciso de nós para ser uno
O Amor é tempo
E preciso de nós para ser intemporal à vida.
"Não que eu seja sem medo
Mas mesmo assim não temo
Pode vir comigo"
Para seremos perfeitos desde os pés ao coração.
Nayara Fernandes
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