terça-feira, 11 de março de 2014


Uma manhã, eu lembro-me... Recitava-me poesias, ele,
Teu peito sobre o meu,
E logo pude senti-lo avassalador,
Quase adormecida eu estava,
Cabelos encaracolados, soltos e uma blusa entre aberta,
Janela fechada, cheiro de rosas exalava,
Via-se uma manhã plácida e divina,
Indiscreto e a vergonhado tocava-me os lábios,
Ia à face tremula a beija-lo.
A cada toque um afago,
E este mesmo ‘rapaz’ estremecia,
Sereno e ditoso olhava-me,
E ao beija-lo ela, faltavam-lhe palavras a aquele rapaz,
E naquele doce instante o amor que por ti tenho tanto,
Fez-se em mim presente e minha pele respondia,
E logo passou-se uma brisa ‘ventania’
Que agitava as folhas que ali estava o ‘coração meu’
Fazendo-me adorar e contemplar o que eu sofria,
Ora chegava, ora partias,
Vez e outra uma tempestade de pétalas caia,
Para fazer-me acreditar no amor que me dizia,
Oh moço que por ti tenho lhe tanto amor,
Tire-me essa dor,
Por que o meu sentir pertences somente a ti,
Somente. ‘Levai contigo minha pobre Al’ma’ que a ti pertences senhor.

‘Araújo. Bruna Caroline’

Nenhum comentário:

Postar um comentário