segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Ave fênix sangria
Mas como poderia ser?
A mercê de muros inexistentes?
Tampouco de labores invisíveis,
em centelhas inalcançáveis
por contatos impossíveis?
Qual tempo me leva para esse dia?
Qual estação intransponível me transporta pra lugar nenhum?
E lá? Como reconhecerei, sem a autoridade indubitável?
Num carece disso tudo não.
Rebusco, confuso e concreto, minh' alma de poeta
não peço passagem, o fluxo já existe
Entre estas tantas terras criadas do nada
há mais tantas criações do nada, na Terra:
o verso em riste é resistência e plural
Pássaro que nos transporta para outros ares
voa de longe até estas bandas
ressurgem abraços, pedaços, cirandas,
ave fênix sangria, é poesia. de todos os lares
André Café
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário