segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sobre sonhos II


Um punhado de riscos e rostos distantes,
pedaços cortados anacronicamente
num revelo em desnível constante

Luz e escuridão; entre o espelho e o espaço
alternam o sono e a sonolência
num soluço de passo a passo cadafalso

Profundo mergulho invisível
tácito desejo; tórrido instante
entre os braços, num laço o beijo,
noutro mundo, num sonho impossível

André Café

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