Engolido e protegido
pela neblina do solo cinza
todas pisam apressados;
Cada lado é rumo desnorteado,
cada rua, esquinas de silêncio
Entre vivos, apenas fila
e solados harmonizados
desgastando notas fúteis
para lá e para o além
Cinzas no chão e olhos
nenhuma fagulha de cor
são sequências de torpor
perambulando na vida
Mas tem quem olhe o Sol
pra saber quanto tempo leva,
pra saber qual o dia da semana
pra saber do calor da luz
E por pura sorte ou destino
por mais cinza que estiver o olhar
resplandece e multicolore
qualquer cena e solidão
Lança-me nos teus olhos vermelhos
no abraço forte e na liberdade do teu voo
André Café
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