segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Em algum lugar do céu
tantas veias a cidade, tantas vidas
quantas almas mudas dissolvidas
na amarelidão da luz
não há nome a cidade, nem há corpos ou carros
vistos do alto
e me pergunto que história tem
que outro mundo guarda
impregnado em seu manto
há vida na veia
da cidade
movem-se pontos
luminosos no asfalto
surdo
e não há voz ou conjecturas
há sentido na cidade?
deve haver algo de divino nisto, nesse novelo
de luz
uma após a outra
passam
na lentidão do tempo
quantas células, quantas histórias?
de repente já se foi
e eu já me fui
Manoel Guedes de Almeida
01/08/12
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