terça-feira, 14 de agosto de 2012

Poeticamente



Rebaixo-me ao obsoleto,
Das ideias obscuras que atormentam meu intelecto,
Do estapafúrdio da vida que teima em perseguir-me os sonhos
[...] O maior tesouro que há em mim...
Dialogo com a noite, sou noctívaga!
O amor contracena com a macilenta desilusão no teatro da vida.
Sou um mero espectador!
Aquele a observar a abóbada celeste com sublime concentração.
Poética vida, a vida em seu estágio aureolar!
Tenho a terrível sensação de flechas no peito,
Provavelmente em mil anos não esquecerei
O espectro da vida a observar-me da janela
Da desilusão dos amores a iludir-me...
Sou aquele que através dos sonhos descobre a realidade
E poeticamente segue a vida
Maximizando o que parece mínimo
No silêncio do eco triste
Da noite a acalentar-me.
Brisas do mar que me enternecem,
Sonhos antigos que me felicitam
Conspirem a meu favor!
Amores amáveis amados amantes
Fascínio cruel...
Inspirem-me poeticamente,

Retirem-me do obsoleto!

(Mara Raysa)

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