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Ando ocupada demais diluindo a saudade e bebendo a solidão. Atos falhos fenecem a alma e contraem o peito derramando o suor nos olhos que deixam o sabor amargo da decepção e do arrependimento na boca. Há sempre uma metade, um choro silencioso, um sorriso de canto e sempre, sempre dois olhos atentos e inquietos. Há um quem bem-querer que me quis que se foi, que se fosse, ah se fosse! Que deixou, e deixou-me inteira e límpida. Casei com a oportunidade e faço do ar uma ponte que me levará ao topo do ouro reluzente e que atingirá com violência os olhos dos invejosos. Exagero, contemplo e admiro os mais várzeos sentimentos entupidos em veias dilaceradas. Consumidora do irreal e protagonista da luxúria envolvida na perspicácia!
Desejaria ser uma meia-sangue. Me fiz esta, embrulhada com toda doçura e bondade de uma humana destra e metamórfica. Batom vermelho, cabelo preso. Prazer!
Desejaria ser uma meia-sangue. Me fiz esta, embrulhada com toda doçura e bondade de uma humana destra e metamórfica. Batom vermelho, cabelo preso. Prazer!
(Rosseane Ribeiro)
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