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Me diga o que se passa neste coração
Me diga o que há nesta vida
Tão louca, desmedida
De passos embriagados, distraída
Desvairada, sem freio sem nada
Me diga o que é nesta louca sensãção
Nem frigidez, nem tesão
Que digo sim e ao mesmo tempo digo não
Que me mostra o mundo e a solidão
Me diga o que é este infame sentimento
Que me suga, me consome e que dele me alimento
Que não some um só momento
Que minh'alma devora e não há lamento
Me diga qualquer coisa insana
Que me faça acreditar que esta vida profana
É um sonho meu ao travesseiro da cama
Ou não diga nada, e me jogue à lama
(Luam matheus)
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