segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
QUIMERAS PARTIDAS SEM CANTO
Hão de matar toda utopia,
Esta infame que desgraçara
Parte do que almejara.
Quão petulante és!
E quem permitira esta viagem?
Vais! Que os vermes comam
Todas tuas reminiscências
Hão de defecar em tuas sinas medíocres.
Pouco importará a carnificina afetiva.
Que sequem as salivas da boca inútil.
O funesto acontecimento apodrecera as coerências.
Agora, não passas de cadáver sem conceitos,
Continuando a vomitar as incógnitas sem razão.
Cala-te!
Ah, e essas mãos! Essas mãos calejadas...
Para que servem, senão, para apunhalar
Os ombros que te acalentam!
Guarde suas vísceras à mostra.
Os parasitas as degustaram
E assassinaram tuas certezas.
Escarre em sangue toda maledicência alheia.
Por um lapso de sanidade
Acorde deste viril olhar fantasmagórico.
Os restos decompuseram as descrenças.
Ah, paixão!E a paixão...
Esta maldita destruíra a lucidez,
Arrancara teu pericárdio
E reduzira os anseios à mesquinha angustia.
As injurias bradadas hão de cegar,
Provocando o ostracismo
De tudo que é verídico.
Ah, egocentricidade! Esta vã meretriz...
Deita-se com quaisquer caprichos do próprio ego.
Mate outra quimera.
Vejas quão belo é este corpo em putrefação!
E as larvas...
Ah, essas operárias da decomposição
Hão de devorar as sobras de teus desejos.
Camila Karen
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